
Um dia, quando minhas mãos se transformaram em seda para te acalentar,
Quando meus seios se tornaram duas estrelas mães, para te alimentar,
Eu prometi varrer a sujeira do mundo
Aspirar os maus odores da terra
Para te proteger...
Mas era pura poesia...
Só consegui te ensinar a varrer e a cuspir o desafeto...
E você aprendeu com força com garra
Com as dores que dilasceraram teu corpinho frágil
Pelos espinhos do caminho...
E tivemos tantos caminhos em nossos espinhos...
E vasculhamos todos...
Tantas gargalhadas em meio ao sofrimento...
E você se fez melhor!
Borboletazinha livre!
Só esqueci de te ensinar,
Que em meio à tempestade, em meio ao turbilhão,
Só a tranquilidade e a paz são capazes de fazer desabar montanhas...