terça-feira, 2 de junho de 2009

Para minha borboletazinha amada


Um dia, quando minhas mãos se transformaram em seda para te acalentar,
Quando meus seios se tornaram duas estrelas mães, para te alimentar,
Eu prometi varrer a sujeira do mundo
Aspirar os maus odores da terra
Para te proteger...

Mas era pura poesia...

Só consegui te ensinar a varrer e a cuspir o desafeto...
E você aprendeu com força com garra
Com as dores que dilasceraram teu corpinho frágil
Pelos espinhos do caminho...

E tivemos tantos caminhos em nossos espinhos...

E vasculhamos todos...
Tantas gargalhadas em meio ao sofrimento...
E você se fez melhor!
Borboletazinha livre!

Só esqueci de te ensinar,
Que em meio à tempestade, em meio ao turbilhão,
Só a tranquilidade e a paz são capazes de fazer desabar montanhas...